O grupo J&F está negociando a aquisição da comercializadora MGás, segundo três fontes consultadas pela agência epbr. Se concretizada, a transação reforça a investida da holding dos irmãos Joesley e Wesley Batista no mercado de gás natural. A companhia vem, desde o fim do ano passado, ampliando a sua presença em diferentes elos da cadeia de gás. O grupo reforçou a sua presença na geração de energia a gás, com a compra da usina de Araucária (UEGA), de 484 MW, no Paraná. E entrou na produção de gás na Argentina, por meio da compra da Fluxus e de ativos operacionais da Pluspetrol. Os ativos incorporam ao portfólio da J&F uma produção de 1,3 milhão de m3/dia de gás e 1.365 barris/dia de petróleo.
Até então, a J&F controlava a Âmbar Energia, dona das termelétricas a gás de Uruguaiana (600 MW), no Rio Grande do Sul, e Cuiabá (480 MW), no Mato Grosso; além da GasOcidente, que opera o trecho brasileiro do gasoduto que traz da Bolívia o gás que abastece a usina mato-grossense. O parque termelétrico da empresa é composto por usinas merchant – cuja principal característica é a venda de energia exclusivamente no mercado de curto prazo. Em abril, o MME prorrogou até 2025 a inclusão de custos fixos aos valores variáveis para a geração de energia elétrica dessas termelétricas, sem contrato de comercialização de energia. A expectativa, no mercado, é que a Âmbar tentará negociar ao menos parte de suas térmicas no leilão de reserva de capacidade, no segundo semestre. O grupo tem um histórico de integração energética com países vizinhos e uma eventual aquisição da MGás reforça essa posição. A comercializadora tem um contrato firme para importação de gás da Bolivia – país com o qual a J&F também tem relações comerciais. Criada em 2023, a comercializadora é uma joint venture entre a Macaw Energies (Golar LNG) e a Mercurio Trading. A MGás atua com foco no mercado livre e já movimenta volumes acima de 600 mil m3/dia.
Fonte: Epbr
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