A Potigás avalia a realização de chamadas para contratação de biometano a partir de 2025, mas entende que ainda é preciso equalizar a questão do preço da molécula para torná-la competitiva.
A avaliação é da presidente da distribuidora de gás natural do Rio Grande do Norte, Marina Melo.
“Precisamos entender melhor a que preço esse valor vai chegar. Essa é a discussão que eu quero fazer. É sobre a questão de competitividade mesmo. A gente tem, por exemplo, uma molécula onshore hoje, que a Potigás compra, a R$ 1,10. E o biometano tá chegando a R$ 4. Se a gente não conseguir equacionar como isso não onere toda a cadeia, como a gente trabalha essa competitividade, isso pode dificultar a entrada de novos projetos de biomentano”, afirmou.
Marina Melo deixou claro, contudo, que todas as distribuidoras do país estão olhando para projetos de biometano.
A presidente da Potigás afirmou ainda que a empresa fechou novos contratos de suprimento de gás natural com a Petrobras na última semana, o que vai gerar novos custos de aquisição da molécula.
A Petrobras deu uma resposta aos concorrentes, ao anunciar, em maio, uma nova política de preços que promete baratear o gás natural para distribuidoras e oferecer produtos mais customizados – e competitivos – no mercado livre.
No mercado cativo, a petroleira prometeu reduzir em até 10% o preço da molécula nos contratos vigentes.
Às distribuidoras, a estatal sinalizou que o desconto, válido até o fim de 2025, seria dado apenas para uma parcela do volume contratado: 60% da quantidade diária contratada seguirá atrelada às condições vigentes e os outros 40% à nova precificação.
O impacto no preço vai variar de concessão para concessão, a depender das condições contratuais de cada distribuidora.
Fonte: Epbr