A ampliação da produção nacional de gás natural é o próximo passo para que o mercado de gás natural no Brasil tenha moléculas a preços mais competitivos, de acordo com o gerente executivo de Gás e Energia da Petrobras, Álvaro Tupiassu.
De acordo com o executivo, é preciso cuidado na comparação com o gás de outros países. Os preços do gás natural disponibilizados pela Petrobras, explicou Tupiassu, estão em linha com os custos de produção e investimento em ativos e ainda assim é mais barato do que preços em outras localidades em nível global.
“O preço na Ásia e na Europa está a 13 dólares, hoje está a cerca de 40%, 50%, acima do preço de contratos que a Petrobras oferece ao mercado”, disse Tupiassu.
O gerente de Petrobras destacou que, nesse período coincidente com a abertura de mercado, a Petrobras vem buscando criar novas modalidades contratuais para distribuidoras e consumidores livres, com anúncios em maio e outubro. Entre essas modalidades, disse ele, estão prazos contratuais variados e diferentes indexadores, com opções em favor do comprador para a redução da Quantidade Diária Contratada (QDC). A Petrobras, acrescentou, também vem oferecendo condições contratuais mais flexíveis para que os contratos sejam ajustados às eventuais migrações de clientes das distribuidoras para o mercado livre.
Uma das razões, apontou, é a chegada de novos agentes que vem provocando um movimento da competição. “Se nós não fizéssemos esse movimento de redução do preço, por exemplo, a nossa percepção é que o processo competitivo iria levar a que nossos competidores conseguissem vender em nosso lugar”.
Segundo ele, a soma da capacidade total de regaseificação de novos terminais privados de GNL instalados ou em instalação no Brasil, como os terminais de Sergipe, Pará, São Paulo, Santa Catarina e Rio de Janeiro, é maior do que o dobro do que o mercado consome hoje na parte firme. “Essa competição já se instalou”, ressaltou.
Ainda no mercado livre, Tupiassu destacou que a Petrobras tem interesse em competir por esses volumes e firmou contratos recentes com CSN, Ternium e Gerdau. “E há outras negociações em andamento”.
Ao falar do mercado de biometano, o gerente executivo da Petrobras disse que a companhia já tinha o energético na sua estratégia, antes mesmo da aprovação da Lei do Combustível no futuro, e que é preciso avançar na contagem do atributo ambiental para que colocar esse gás renovável em um patamar diferente de importância no Brasil.
“É muito importante que a regulação evolua para que esse uso de biometano possa ser contabilizado pelas empresas com abatimento de emissões.”
Fonte: Abegás / Comunicação
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