Para o CEO da Edge, Demetrio Magalhães, com o rápido avanço da migração das indústrias para o mercado livre, gerar novos canais de demanda é a próxima grande missão para o desenvolvimento do setor de gás natural no Brasil. “Acreditamos que do lado da demanda há muita coisa ainda para destravar, não só nos caminhos óbvios, mas também em caminhos onde o Brasil tem muito potencial. Estamos falando de mobilidade, estamos falando de bunkering [combustível para navegação marítima], estamos falando de operações off-grid [consumo em localidades não atendidas pelas redes de gás canalizado]”, disse o CEO da Edge, empresa que começou as operações de um terminal de GNL em São Paulo em 2024. Segundo Magalhães, o consumo de gás natural, sem contar o volume destinado à geração termelétrica, tem se mantido estável nos últimos anos, na casa dos 50 milhões de metros cúbicos/dia, e cerca de 11 milhões desse volume já está contratado para migração ao chamado mercado livre – ambiente em que indústrias negociam as condições diretamente com as comercializadoras.
O setor de transporte, especialmente em frotas pesadas, é um dos que apresentam mais potencial para o gás natural deslocar combustíveis com maior pegada de carbono. “O consumo atual de diesel em frota pesada é equivalente a 150 milhões de metros cúbicos/dia de gás natural. É um volume muito expressivo, que deve continuar crescendo”, destacou. O CEO da Edge disse ainda que é preciso aumentar a eficiência e os investimentos em toda a cadeia, e superar o dilema “ovo ou galinha” – entre o que vem primeiro, a oferta ou a demanda. “Se aumentar a demanda, esses custos de investimentos são diluídos”, explicou.
Fonte: EnergiaHoje
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