O gás natural argentino deve chegar ao Brasil a menos de US$ 10 por milhão de BTU para ser competitivo, mas para isso a Argentina deve investir em infraestrutura e concordar com tarifas de transporte mais baixas com os países vizinhos. Sergio Mengoni, recentemente nomeado diretor da TotalEnergies no país, disse que a empresa está procurando se concentrar na capacidade de exportar gás em contratos ininterruptos para o Brasil. Em abril, a empresa exportou gás pela primeira vez da formação de Vaca Muerta, no oeste da Argentina, para a Matrix Energia, em São Paulo, por meio de um gasoduto da Bolívia. A transação foi um teste piloto de 500.000 metros cúbicos/dia durante 10 dias. “O desafio que temos agora é que podemos fazer isso com contratos firmes”, disse Mengoni a repórteres em Buenos Aires. “Precisamos primeiro de infraestrutura – para que o gás de Vaca Muerta chegue ao norte e seja usado para exportação – e, depois, para que as tarifas de transporte nos países onde o tubo (gasoduto) é amortizado caiam um pouco”, explicou. De acordo com o executivo, para ser competitivo no Brasil, o gás deve atingir um preço final inferior a 10 dólares por milhão de BTU, já que a um custo mais alto ele concorreria com as importações de gás natural liquefeito (GNL). “Temos muitos comerciantes brasileiros que vieram nos visitar. É uma opção muito interessante para eles e para nós”, acrescentou.
Fonte: Uol / Reuters
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