O novo terminal de GLP, do consórcio Supergasbras/Ultragaz, no Porto do Pecém (CE), ajudará a reduzir a dependência do mercado da Petrobras, disse o CEO da Supergasbras, Julio Cardoso, que destacou que o projeto “abre as portas para o mercado internacional”, já que terá livre acesso a terceiros. “Hoje existe uma carência de infraestrutura no setor de GLP … Hoje o processo de importação está todo concentrado na Petrobras. A Petrobrás é que detém a infraestrutura, que é uma infraestrutura não adequada. Então, eu acho que essa é uma oportunidade para o Brasil de ter uma infraestrutura melhor”. Ao todo, o terminal receberá investimentos de R$ 1,5 bilhão. O projeto está em fase de engenharia detalhada e está previsto para entrar em operação entre 2028 e 2029. Em agosto, o Tribunal do Cade aprovou, sem restrições, o ato de concentração entre a Ultragaz e a Supergasbras que prevê a criação de sociedade de propósito específico (SPE) que ficará responsável pela construção, desenvolvimento e exploração de nova infraestrutura greenfield.
R$ 500 milhões em novos botijões
Cardoso comentou também sobre as perspectivas de crescimento da demanda com o programa Gás do Povo. Ele cita que a companhia prevê investir entre R$ 400 milhões e R$ 500 milhões para se ajustar ao programa. “A gente deve estar investindo na ordem de 2 milhões de botijões adicionais”. O governo federal lançou este mês o Gás do Povo — programa substituto do atual vale-gás — e promete garantir botijões de 13 quilos gratuitos a famílias de baixa renda em todo o país. O benefício vai contemplar 15,5 milhões de famílias, alcançando aproximadamente 50 milhões de brasileiros. A cobertura é quase três vezes superior à do atual vale-gás (o Auxílio Gás). O botijão será fornecido diretamente em revendas credenciadas, sem pagamento no momento da retirada.
Fonte: Eixos / Liquid Gas Week
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