Os preços do petróleo se estabilizaram na terça-feira (26), depois de quedas de mais de 3% na segunda (25), com investidores e analistas prevendo que os principais produtores de petróleo continuarão com seus cortes de oferta, apesar das objeções do presidente americano, Donald Trump.
Em Nova York, o WTI (abril) fechou com variação positiva de 0,04%, a US$ 55,50 o barril. Em Londres, o Brent (maio) terminou com ganho de 0,69%, a US$ 65,36 o barril.
Ontem, o Brent caiu 3,48%, pior queda desde o fim de dezembro do ano passado, após Trump publicar no Twitter uma reclamação sobre os preços do petróleo estarem muito altos e criticar a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) por sua iniciativa de cortar a oferta em uma tentativa de impulsionar o mercado de petróleo. Neste ano, o barril do petróleo acumula alta de cerca de 21%, apoiado pela decisão, de dezembro, da Opep e aliados de cortarem a produção.
Apesar das críticas de Trump, muitos analistas esperam que a Opep e aliados continuem a reduzir a oferta para dar suporte aos preços, particularmente com os volumes recorde de produção nos Estados Unidos.
“Os preços estão se estabilizando porque se acredita que nada vá mudar na política da Opep ou da Arábia Saudita”, disse Olivier Jakob, diretor da consultoria suíça Petromatrix.
A Arábia Saudita e outros países da Opep provavelmente apoiarão a continuidade das restrições à produção de petróleo quando o grupo se reunir em abril, informou, na segunda, o “Wall Street Journal”. Os sauditas foram responsáveis por grande parte da queda na produção do cartel em janeiro.
Analistas aguardam ainda números semanais dos estoques de petróleo dos EUA, a serem divulgados nesta quarta (27) pela Administração de Informações de Energia. Os dados da semana encerrada em 15 de fevereiro mostraram que os estoques atingiram seu nível mais alto desde novembro de 2017, com a oferta atingindo o recorde de 12 milhões de barris por dia.
Alguns analistas esperam que a produção robusta dos EUA freie a recuperação de preços deste ano e estenda a pressão para que a Opep se mantenha disciplinada com seus limites de oferta.
Fonte: Valor Online
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