O consumo de energia do país em janeiro totalizou 41.142 gigawatts-hora (GWh), com crescimento de 3,8% em relação a igual mês do ano passado, informou na quinta-feira (28) a Empresa de Pesquisa Energética (EPE). De acordo com relatório divulgado pela estatal, no acumulado dos últimos 12 meses terminados em janeiro o consumo aumentou 1,3% ante igual período anterior.
“À exceção do Norte (-8,9%), todas as demais regiões registraram expansão no consumo de energia elétrica no mês, com a maior taxa sendo obtida pelo Centro-Oeste (8%), seguida do Sul (6,2%), Sudeste (4,3%) e Nordeste (3,2%)”, informou.
O desempenho do consumo de energia em janeiro foi impulsionado pelas classes residencial e comercial. No segmento residencial, o consumo de energia no primeiro mês deste ano somou 12.797 GWh, com crescimento de 8% ante janeiro de 2018.
Segundo a EPE, o crescimento do consumo de energia da classe residencial foi provocado principalmente pela ocorrência de temperaturas mais elevadas em janeiro deste ano, em relação a igual mês do ano passado, o que aumentou a demanda para climatização de ambientes.
“No que se refere aos condicionantes econômicos, embora a confiança das famílias venha melhorando, favorecida pelo orçamento doméstico mais ajustado (menores níveis de endividamento e inadimplência), a renda média estagnada e o avanço da ocupação principalmente por meio de vagas informais ainda são entraves à dinâmica do consumo das famílias”, completou a EPE.
A elevação das temperaturas também foi o motivo para o crescimento de 5,9% do consumo de energia do segmento comercial em janeiro, na comparação com o primeiro mês de 2018, totalizando 8.096 GWh. “O aumento do consumo no período em análise foi especialmente favorecido pelas temperaturas mais elevadas em relação a 2018, com a persistência de muitos dias com os termômetros superando 28ºC em grande parte do país”, explicou a estatal de estudos energéticos.
O destaque negativo do mês foi o setor industrial, cujo consumo em janeiro foi de 13.575 GWh, com queda de 0,4% em relação a igual período de 2018.
“O ano de 2019 se inicia em um quadro que envolve um mercado interno ainda enfraquecido, mas em gradual recuperação, e um cenário internacional em desaceleração, em função, entre outros, do aumento das tensões comerciais entre países, das instabilidades geopolíticas e da situação recessiva de algumas economias, como é o caso da Argentina, importante parceiro comercial do Brasil”, informou a EPE.
Fonte: Valor Online
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