O governo vai avançar na terça (23) em seu plano de abertura do mercado de gás —o “choque de energia barata” do Ministério da Economia. Ainda é difícil estimar o impacto para o consumidor, diz Décio Oddone, diretor-geral da ANP.
“O mercado vai se encarregar de estabelecer os valores, é dinâmico. Qualquer previsão de redução tem que levar em conta a volatilidade, depende de preço de commodity, de câmbio”. Na prática – Caberá aos estados optar pelas diretrizes recomendadas pela ANP, que quer uniformizar a regulação para tornar o mercado competitivo e quebrar o monopólio da Petrobras. A distribuição de gás hoje é regulada por cada estado. Quem privatizar, poderá acessar mais recursos da União. “Eles não são obrigados. Vão aderir se quisere”.
Power Point – Entusiasta das mudanças, Oddone trabalha com estimativas de R$ 2 trilhões de investimentos em dez anos no setor de óleo e gás. A cifra faz parte de apresentação que ele levou em recente audiência na Câmara.
Pêndulo – Na indústria, a expectativa é pela redução de custos, embora possa haver resistência de distribuidoras. Para Percival Amaral, sócio da Ecom Energia, o preço para o mercado industrial cairá só a médio prazo.
Suspense – “É uma mudança regulatória. Haverá questões que podem envolver até indenizações”, diz Rafael Baleroni, do escritório Cescon Barrieu.
“Até 2016, os preços na Petrobras eram estabelecidos pelo governo, ela era a responsável única pelo pré-sal e construía todos os gasodutos. Era uma empresa de desenvolvimento do governo” Décio Oddone diretor-geral da ANP, sobre quebra de monopólio
Fonte: Folha de S.Paulo / coluna Painel S.A
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