Com o acionamento de medidas de contenção do novo coronavírus em várias regiões do país, o consumo de energia no SIN registrou uma queda de 8% no período de 18 a 31 de março, em comparação ao apurado entre os dias 1 e 17, antes de as medidas terem sido tomadas. Os dados são de um estudo divulgado pela CCEE.
Ainda de acordo com a CCEE, as quedas de consumo nessas últimas duas semanas de março foram de 7,4% no mercado regulado e de 9,4% no mercado livre. No livre, houve redução de 39% do consumo de “veículos” – isto é, do segmento automotivo, que sofreu com a parada de produção de montadoras.
Diminuições dessas mesmas ordens foram vistas nos setores de serviços e têxtil. No setor de siderurgia, um dos mais representativos do mercado livre de energia (ACL), correspondendo a quase 25% do consumo nesse ambiente, ainda não se verifica um impacto concreto da crise na demanda de energia.
Se isso acontecer, o ACL será bastante impactado, destacou Rui Altieri, presidente do conselho de administração da CCEE.
Em apresentação nesta tarde, Altieri afirmou que as notificações de “força maior” enviadas por algumas comercializadoras a seus fornecedores “fazem parte da regra do jogo, até por precaução”. O executivo destacou que o mercado livre (ACL) deve passar, de fato, por um movimento de renegociação de contratos, mas disse que os agentes sabem lidar com isso.
Ainda de acordo com a CCEE, todo o calendário operacional da câmara, de aporte de garantias e liquidação financeira, está mantido.
Fonte: Valor Online
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