Em uma sessão instável, o petróleo reverteu as perdas e fechou em alta moderada nesta terça-feira (14). A commodity começou o dia pressionada pela notícia do fechamento de bares, cinemas, restaurantes, academias de ginástica, cabeleireiros e igrejas na Califórnia. Porém o que os investidores estão realmente esperando é a reunião da Opep+, nesta semana, para decidir se os cortes de produção serão ou não estendidos.
Os preços dos contratos para setembro do Brent, a referência global, fecharam em alta de 0,42%, a US$ 42,90 o barril, na ICE, em Londres, enquanto os contratos para agosto do WTI, a referência americana, valorizaram 0,47%, a US$ 40,29 o barril, na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex).
“O grande evento de risco para os preços do petróleo é a recomendação da Opep+, que deve vir após a reunião desta quarta (15), para reduzir o corte na produção de 9,7 milhões de barris para, possivelmente, 7,7 milhões de barris por dia. O petróleo bruto WTI não será capaz de permanecer perto do nível de US$ 40 se a disseminação do novo coronavírus continuar prejudicando os esforços de reabertura que serão acompanhados de uma demanda muito menor por petróleo bruto”, afirmou analista da Oanda em Nova York, Edward Moya.
A Arábia Saudita pressionou durante meses os membros da Opep para diminuir a produção e reequilibrar um pouco a oferta com a demanda, mas, agora, tanto os sauditas quanto a maioria dos demais participantes do cartel sinalizam que são favoráveis ao alívio nos cortes. A reunião ocorrerá nesta quarta (15) via conferência on-line.
Enquanto isso, os investidores digerem a atualização das projeções da Opep divulgada mais cedo e aguardam os dados sobre estoques dos Estados Unidos na semana passada. Ainda hoje, o Instituto Americano do Petróleo (API, na sigla em inglês) divulga seus dados extraoficiais. As informações oficiais serão divulgadas amanhã pelo Departamento de Energia (DoE, da sigla em inglês) do país.
Fonte: Valor Online
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