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Petróleo fecha em alta e tem terceira semana seguida de ganhos

Os futuros do petróleo avançaram no pregão desta sexta-feira (20) e anotaram a terceira semana consecutiva de ganhos, impulsionados pelo otimismo relacionado às vacinas contra a covid-19. A alta ocorre a despeito do avanço da pandemia nos países desenvolvidos, que ameaça atingir novamente a demanda global por energia.

Os contratos futuros do Brent para o mês de janeiro subiram 1,71% e fecharam o dia aos US$ 44,96 o barril, na ICE, em Londres. Os preços do WTI para dezembro avançaram 0,98%, aos US$ 42,15 o barril, na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex). No acumulado semanal, a referência global teve ganhos de 5,09%, enquanto a americana subiu 5,03%.

“O petróleo foi impulsionado e limitado por forças conflitantes esta semana”, disse Lukman Otunuga, analista sênior de pesquisa da FXTM, ao MarketWatch.

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (Opep +) deram a entender que “poderiam estender os atuais cortes de produção por mais três meses e o otimismo da vacina pode injetar ânimo nos investidores otimistas em petróleo”, disse ele. No entanto, “os ‘bears’ [que acreditam na baixa dos preços] continuam apoiados por preocupações relacionadas à demanda”, afirmou.

Otunuga também atribuiu os ganhos semanais ao dólar mais fraco, bem como ao otimismo alimentado pela vacina. O índice DXY, que mede a força do dólar ante uma cesta de seis moedas de países desenvolvidos, tem queda de 0,40% na semana.

O petróleo provavelmente continuará sendo influenciado pelos desenvolvimentos das vacinas e “preocupações com mais restrições, relacionadas ao aumento global de infecções por covid-19”, disse ele. “As perspectivas de médio prazo para o petróleo também podem ser influenciadas pela reunião pendente da Opep +, em 30 de novembro”, completou.

No geral, o mercado físico de petróleo tem se mostrado resiliente, apesar do aumento dos lockdowns europeus, do aumento nos casos de covid-19 nos EUA que devem pesar na atividade, do aumento na produção de petróleo da Líbia e especulações sobre se a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados estenderão as atuais restrições à produção, observou Michael Tran, analista da RBC Capital Markets, em uma nota.

Os barris estão chegando à Ásia, disse ele, “onde a demanda acelerou”, com a China se mostrando um centro de estabilidade e a Índia “fortalecendo” sua recuperação doméstica.

“Enquanto os investidores hesitam em montar posições vendidas em petróleo devido à vacina, o mercado físico está dando sinais de melhora modesta, sugerindo que os preços do petróleo estão assimetricamente inclinados para cima”, disse.

 

Fonte: Valor Online

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