O presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, reafirmou em audiência na Câmara dos Deputados que a estatal não repassa, de imediato, os movimentos de preços de combustíveis no mercado internacional aos preços internos. “A Petrobras não tem controle sobre os preços da bomba. Para poder manter o abastecimento, a empresa evita ao máximo passar possíveis volatilidades, somente repassa quando são estruturais”, afirmou o presidente da estatal. Silva e Luna reconheceu que a alta do dólar em relação ao real afeta os preços das commodities, como o petróleo e o gás natural. Questionado sobre a abertura do mercado de refino, com a venda de refinarias, o executivo disse que o processo está em curso e que segue avançando. “O processo de desinvestimento está em andamento”, afirmou.
Já o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que a autoridade monetária “tem olhado” o repasse “muito mais rápido” de preços feito pela Petrobras do que é feito em outros países. “A parte de passar preço de commodities para o preço interno, no Brasil, o mecanismo é um pouco mais rápido. Lembrando que a Petrobras, por exemplo, passa preço muito mais rápido do que em grande parte dos outros países. A gente tem olhado isso também”, disse.
Fonte: Valor Online