O vice-presidente e ministro da Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), afirmou que a maior oferta de gás natural no Brasil vai viabilizar novos investimentos em fábricas de fertilizantes nacionais. Segundo ele, a abundância de gás permitirá reduzir preços e dar competitividade à produção de fertilizantes nitrogenados.
“Precisamos aumentar a produção de fertilizantes no país. Com o investimento da EuroChem, vamos ter um aumento de 15% na área de fosfatados. Na área de nitrogenados, também esperamos boas notícias. Esse fertilizante vem do gás natural e temos projetos que podem obrar a nossa produção e reduzir os preços”, afirmou.
As declarações foram dadas nesta 4ª feira (13.mar.2024) durante a inauguração do complexo de fertilizantes fosfatados da multinacional EuroChem em Serra do Salitre (MG). A unidade é a 1ª a ser construída desde o lançamento do Plano Nacional de Fertilizantes, em 2022. O plano é comandado pelo ministério de Alckmin.
Atualmente, mais de 87% dos fertilizantes usados pela agricultura são importados. A meta do governo é chegar até 2050 com uma produção nacional capaz de atender de 45% a 50% da demanda interna, além de criar oportunidades e empregos para os brasileiros.
Alckmin citou 3 projetos que vão aumentar a oferta de gás no país: Rota 3 – gasoduto com 355 km de extensão total que escoará o gás natural produzido pela Petrobras na pré-sal da Bacia de Santos até o Polo Gaslub (antigo Comperj) em Itaboraí (RJ). Entrará em operação no final de 2024, com capacidade para 18 MMm³/dia; Seap (Projeto Sergipe Águas Profundas) – produção pela Petrobras em campos de gás localizados na Bacia de Sergipe-Alagoas e construção de gasoduto para escoar a produção. Entrará em operação em 2028, com capacidade para 16 MMm³/dia; Projeto Raia (Bloco BM-C-33) – projeto operado pela Equinor para produção e escoamento de gás da Bacia de Campos para o Polo GasLub e a usina de Cabiúnas. Entrará em operação em 2029, com capacidade para 18 MMm³/dia.
“O problema é que o nosso gás natural é mais caro porque é do pré-sal. É preciso reduzir o custo do gás natural e aumentar a oferta. Com esses projetos teremos um incremento da oferta no país e estamos trabalhando também a possibilidade de trazer gás da Argentina, de Vaca Muerta, através do gasoduto Brasil-Bolívia que atualmente opera só com metade da capacidade”, disse.
Alckmin disse que o gás competitivo é necessário para os fertilizantes nitrogenados: “Nos fosfatados a gente está dando um grande passo com a EuroChem e temos também minas de fósforo no Nordeste, mas estão misturadas com urânio e está sendo feito um trabalho de separação. Mas no caso do nitrogênio não é mina, ele está no ar. E para transformar ele em amônia e ureia um dos caminhos é o gás natural”.
Fonte: Poder 360
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