Estimativas da Edge para o mercado livre de gás apontam para um patamar de até 15 milhões de metros cúbicos por dia até o fim de 2025 — frente aos atuais 9 milhões, excluindo térmicas, afirmou o CEO da comercializadora, Demétrio Magalhães. O volume representa mais da metade do consumo industrial no mercado de gás brasileiro, que em 2023 foi de 28,4 milhões de metros cúbicos por dia, de acordo com a Abegás. “Vemos hoje uma demanda por migração. Tem reguladores estaduais em níveis diferentes de maturidade, tem reguladores que avançaram muito bem nas suas regulações, propiciando o ambiente para a migração do mercado livre. Tem muita coisa ainda a ser feita, mas a gente está bem confiante que ele vai continuar andando”. O executivo destacou o papel da flexibilidade e da segurança como diferenciais no mercado. “O cliente, além de preço, também busca outros elementos. Ele busca flexibilidade”, explicou, citando a capacidade de regaseificação de 14 milhões de metros cúbicos por dia e os 100 milhões de metros cúbicos de capacidade de armazenagem do terminal TRSP, operado pela empresa. “Uma redução de penalidade é competitividade na veia para o cliente”, reforçou.
Desde que iniciou suas operações no mercado livre de gás em junho de 2024, a Edge vem ampliando sua presença e atuação. “A Edge nasceu com o propósito de desenvolver o mercado livre. […] Mais que uma comercializadora, com nossos ativos estratégicos a gente participa da cadeia do gás e tenta ser um ator protagonista do mercado de gás”, disse o CEO. A empresa começou com seis clientes no setor cerâmico de São Paulo e hoje está presente em seis estados e sete setores da economia — incluindo cerâmica, vidro, petroquímica, celulose e mobilidade. A Edge também vem atuando na diversificação de sua oferta de gás. A empresa já possui um contrato de importação de gás da Bolívia, com a YPFB, e firmou três contratos interruptíveis com fornecedores da Argentina — país que, segundo o executivo, “já é uma realidade” para a companhia. “A gente precisa ter competitividade do gás. Quando a gente cria esse sistema de soluções, obviamente, a gente quer trazer para o cliente melhor competitividade, melhor flexibilidade”, afirmou.
Fonte: Eixos
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