Na abertura do V Evento Cogen Sul, evento realizado no dia 26, em Porto Alegre, pela Cogen, com o tema “Desafios e Oportunidades para o Mercado de Gás e de Cogeração (Gás natural – Bionergia)”, o presidente executivo da entidade, Newton Duarte, destacou a necessidade da ampliação da oferta de gás natural no Brasil.
“Precisamos buscar alternativas para obter maior volume. Esperamos poder dar um impulso grande no fornecimento de gás”, afirmou Duarte.
Segundo ele, o custo de gás ainda é o maior desafio para o país, uma vez que o valor para o consumidor final chega a ser três vezes mais elevado que no mercado internacional. Falou também sobre a importância de investimento em um backup de energia, tornando o país mais resiliente e com maior nível de segurança energética. O evento aconteceu no auditório da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs).
Sulgás: Ênfase em infraestrutura
Em sua participação, o diretor comercial da Sulgás, Charles de Souza Netto, destacou que a insuficiência de infraestrutura de transporte para gás natural no Rio Grande do Sul ainda é um desafio a ser superado para o desenvolvimento do mercado de gás no Estado.
“A Sulgás tem capacidade de investir no mercado do estado, mas ainda temos poucos fornecedores entregando gás”, alertou o diretor da distribuidora, que defendeu a adoção de medidas imediatas, com ênfase no desenvolvimento de infraestrutura, incluindo gasodutos e terminais.
Segundo ele, é preciso ampliar a capacidade de transporte de gás para o Rio Grande do Sul e incentivar a autorização e o investimento imediatos, considerando o prazo previsto de construção dos gasodutos, de três a cinco anos, para aumentar a competitividade do gás natural em solo gaúcho.
Souza Netto destacou recente anúncio de projeto da Sulgás para atender 365 pequenas e médias indústrias gaúchas, com foco em áreas onde a rede de gás natural já está instalada.
A empresa visa expandir sua operação para indústrias próximas à rede existente, oferecendo gás natural como combustível seguro e eficiente. Além disso, está explorando a interiorização do gás natural, com projetos em cidades como Lajeado e, possivelmente, Santa Cruz do Sul.
Abegás: políticas públicas podem destravar cogeração
De acordo com o diretor técnico-comercial da Abegás, Marcelo Mendonça, é preciso aproveitar a janela de oportunidade global com preços de GNL mais acessíveis e a própria infraestrutura existente de terminais no Brasil para destravar o potencial da cogeração a gás natural no Brasil.
Mendonça defendeu a adoção de políticas públicas para estimular projetos de cogeração e ressaltou que os programas devem considerar não só aspectos ambientais, mas como geração de empregos. “É preciso criar esse caminho para que a gente possa viabilizar os investimentos.”
Fonte: EnergiaHoje
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