Abegás estima que a demanda nacional por conversões durante os dias de crise pode ter aumentado em cerca 50%
Veículos movidos a GNV foram mais procurados e utilizados no estado de São Paulo durante o período agudo da escassez de gasolina, etanol e óleo diesel nos postos de abastecimento, em decorrência da paralisação dos motoristas de caminhão. A distribuidora Gás Brasiliano, que fornece para a região Noroeste, e Gás Natural Fenosa, que fornece para a região Sul identificaram mudança no comportamento do mercado.
Na área da Gás Natural Fenosa, que atende a 12 municípios, o crescimento do consumo de GNV foi de 27% nos 25 pontos de venda disponíveis. Em média, o GNV custa R$ 2,264 na cidade de Sorocaba, o maior município onde o serviço é ofertado e onde fica a sede da companhia. Nesse valor, a economia do GNV na comparação com a gasolina é de 61% e com o etanol é de 57%, segundo informou a empresa.
Na área da Gas Brasiliano, cuja sede está localizada em Araraquara, o consumo de GNV aumentou 6% em maio, comparativamente a um ano antes, e 4% em relação a abril último. De janeiro a maio, a alta chegou a 11%, comparativamente a mesmo período de 2017. Em maio, especificamente, houve um pico de demanda no dia 24, mas a empresa prefere ainda não atribuir esse resultado diretamente à greve, porque a procura vem aumentando mês a mês.
A Comgás, que atende a capital paulista e mais 87 municípios, alegou que, “por ter o capital aberto e estar sujeita às regras da CVM e B3, não realiza divulgações isoladas de seus resultados financeiros e operacionais”. Segundo uma fonte do setor, como a distribuidora é controlada pela Cosan, sócia da Shell na Raízen – cujos postos comercializam outros combustíveis – a recusa quanto a abertura de dados sobre as vendas de um determinado produto pode ser também “uma questão de estratégia comercial”.
Embora ainda não disponha de números consolidados sobre o consumo de GNV nas áreas atendidas por suas concessionárias filiadas, a Abegás estima que a demanda nacional por conversões durante os dias de crise pode ter aumentado em cerca 50%, segundo informação da assessoria de imprensa da entidade. Em 2017, o número de conversões de veículos saltou de 96 mil para 127 mil. Em 2015 esse número era de apenas 23 mil.
Fonte: Brasil Energia Online
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