O Valor publica mensagem recebida do presidente da Abegás, Augusto Salomon, contestando informações contidas no artigo “Privatizações no mercado de gás”.
Com relação ao artigo “Privatizações no mercado de gás” (Valor, 7/07), a Abegás tem a registrar:
1- É incorreto relacionar eventuais privatizações à inexistência de um mercado livre de gás natural. Em mais de 65% do PIB nacional existe regulação para o consumidor livre. Nem por isso esse mercado se efetivou. Por duas razões: falta de concorrência na oferta de gás e falta de infraestrutura de escoamento e transporte.
2- A figura do comercializador está definida na lei 11.909/2009, dando total condição para a atividade. O que faltam são agentes comercializando e potenciais consumidores tomando o risco da contratação da molécula.
3- As distribuidoras têm amplo interesse de adquirir gás em custos menores. Abriram chamadas públicas em 2018, mas sem êxito em obter novos supridores.
4- A movimentação do gás dentro da área de concessão é prerrogativa da distribuidora concessionária do Estado (privada ou de economia mista). Qualquer proposta que imponha exceções que deixem de remunerar esses serviços, em favor de alguns segmentos, promove a quebra de contratos vigentes e aumentará o custo para demais consumidores, em decorrência da receita mínima requerida.
Augusto Salomon
Presidente executivo da Abegás (Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado)
Fonte: Valor Econômico
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