No último domingo (28), a usina sucroenergética Cocal, em Narandiba (SP) recebeu quatro motogeradores a biogás Innio Jenbacher, de 1,25 MW cada, para a montagem de miniusina de geração de 5 MW.
Com o sistema já implantado, a previsão é de entrada em operação da planta em junho próximo, segundo informou ao EnergiaHoje o diretor da Geo Energética, Alessandro Gardemann, sócio da Cocal na empreitada, feita sob o modelo de geração distribuída e cujos contratos de consumo compartilhado já estão fechados, “mas que não podem ser revelados no momento”, de acordo com o executivo.
A geração elétrica de cerca de 34 GWh por ano vai utilizar por volta de 18 milhões de m³ de biogás por ano, gerados a partir da biodigestão da vinhaça e da torta do filtro da usina sucroalcooleira.
O projeto de GD na verdade é complementar a outro, de caráter inédito no Brasil, e que está em implantação pela Usina Cocal com a concessionária de gás do noroeste paulista, a GasBrasiliano. Trata-se da primeira rede independente de biometano que visa distribuir o gás renovável nas cidades de Presidente Prudente e Narandiba.
De forma contígua à miniusina, a Cocal está finalizando a implantação de unidade de purificação do biogás para produzir 9 milhões de m³ por ano de biometano.
Projeto total de R$ 160 milhões, dos quais R$ 130 milhões são investidos pela Cocal e R$ 30 milhões pela distribuidora na construção da rede de gasoduto de 68 km, a usina está a 60 km de Presidente Prudente, cidade de 230 mil habitantes que por sua vez está muito distante do Gasoduto Brasil-Bolívia (Gasbol), a cerca de 140 km, o que tornou a opção pela rede de biometano mais viável.
O gasoduto, segundo disse o presidente da GasBrasiliano à reportagem de Brasil Energia, Alex Sandro Gasparetto, começará a ser construído em agosto, com previsão de conclusão no início de 2022 e primeiros fornecimentos programados para julho do mesmo ano. Inicialmente, duas grandes indústrias e um posto de GNV serão as primeiras consumidoras do biometano, que posteriormente será comercializado também com clientes comerciais e residenciais das duas cidades.
Fonte: EnergiaHoje
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