Segundo a ANP, o preço do gás de cozinha recuou pela primeira vez este ano, para uma média de R$ 102,36 o botijão de 13 quilos, sendo o mais caro encontrado em Caçador, Santa Catarina, a R$ 135,00, e o mais barato a R$ 74,90 em Cachoeira do Sul, no Rio Grande do Sul. O preço médio do gás de cozinha caiu 0,2% na semana de 20 a 26 de fevereiro, período em que o petróleo ultrapassou a barreira dos US$ 100 o barril após a invasão da Rússia na Ucrânia e o dólar voltou a subir frente ao real. A previsão é de que o impacto nos preços ocorra esta semana.
A gasolina no mercado interno também recuou, 0,3% em média, com o preço mais alto mantido em R$ 7,999 e o mais baixo chegando a R$ 5,579 por litro. Na média, o combustível custava R$ 6,560 o litro. Já o diesel registrou alta na semana passada, de 0,2% na média, cotado a R$ 5,591 o litro, com o preço mais alto atingindo R$ 6,985 o litro, contra R$ 6,850 há uma semana, e o mais baixo R$ 4,349. A Petrobras está há 48 dias sem reajustar a gasolina e o diesel, baseada na queda do dólar frente ao real, segundo executivos da estatal informaram na semana passada, ao comentar o lucro recorde de R$ 106,7 bilhões em 2021. A moeda norte-americana fechou a última sexta-feira estável, mas ainda em patamar elevado, o que ajuda a pressionar os preços.
De acordo com a Abicom, a defasagem média da gasolina hoje, 28, é de 12% no Brasil, em relação ao mercado internacional, e, do diesel, da ordem de 11%. Para equiparar os preços, a Petrobras teria que elevar o preço da gasolina em R$ 0,44 por litro e o diesel, em R$ 0,43 por litro. Um aumento é esperado para qualquer momento, porém a instabilidade trazida pela guerra pode adiar mais uma vez o anúncio da estatal, que tem defendido reajustes apenas em mudanças estruturais, e não conjunturais. Além disso, existe uma grande pressão do governo para que os preços sejam mantidos ou até reduzidos. Segundo a Abicom, no Porto de Aratu, Bahia, onde está localizada a única refinaria privada do País, a Refinaria de Mataripe (ex-Rlam), a defasagem é bem menor, de 5% para a gasolina e de 6% para o diesel. “Com a alta do câmbio e também dos preços de referência da gasolina e do óleo no mercado internacional, os diferenciais para óleo diesel e gasolina sustentam cenário de arbitragens negativas, inviabilizando operações de importação”, informou a Abicom.
Fonte: Broadcast / Ag.Estado
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