O CEO da Edge, Demetrio Magalhães, afirmou na última quarta (04) que o GNL é uma alternativa de curto prazo para acelerar a agenda de descarbonização. Segundo ele, a molécula tem potencial para suportar diversos setores da economia brasileira inclusive os que não estão conectados à rede de gasodutos. “Tem muito espaço para o Brasil alavancar o uso de gás natural. No mercado brasileiro, atualmente, só 5% das residências, por exemplo, têm acesso ao gás canalizado”, disse durante seminário de GNL realizado em São Paulo. O executivo destacou que o GNL é uma opção para ampliar a descarbonização e promover a competitividade no mercado. “O estado de São Paulo, por meio da Edge, teve no ano passado seus seis primeiros clientes ingressando no mercado livre. Hoje, nossa empresa conta com mais de 30 unidades consumidoras que migraram. O mercado livre em São Paulo e no Brasil é uma realidade. E nosso objetivo é continuar expandindo essa agenda”, explicou. Ele lembrou que o consumo de gás natural no país está estagnado em torno dos 50 milhões de m³/dia, sem considerar o volume demanda pelas térmicas. “Tem muito espaço para o Brasil seguir avançando no uso do gás natural. É um combustível acessível e competitivo, e o Brasil tem muito potencial de produção e de importação”, disse.
Já o CEO da Virtu GNL, José de Moura Jr, pontuou que o gás liquefeito é competitivo para transporte de cargas a longa distância. De acordo com ele, o custo do combustível é até 20% mais barato que o diesel e é questão de tempo para os donos de veículo descubram a existência de um mercado secundário para revenda de caminhões movidos a GNL. Para acelerar o processo de descarbonização, Moura Jr. sugere que os estados avaliem sugestões como a isenção de pedágio nas rodovias de veículos mais sustentáveis. Por sua vez, o presidente-executivo da Cogen, Newton Duarte, disse que o elevado custo de infraestruturas com investimentos depreciados e amortizados é um fator para reduzir a competitividade, o que inviabiliza um crescimento significativo das cogerações a gás natural. “Então, tomara que tenhamos sucesso em trazer GNL a um custo muito menor”, disse.
A subsecretária de Energia e Mineração na Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil) do Governo do estado de São Paulo, Marisa Maia de Barros, defendeu a integração entre gás natural e biometano para avançar na transição energética. Segundo ela, é preciso avançar nos campos regulatórios e tecnológicos para estimular essa integração. “O que a gente precisa é avançar com as pautas de gás natural e biometano de mãos dadas, caminhando porque a regulação que serve para um pode ser adaptada para outro. A tecnologia que serve para um, serve perfeitamente para outro”, completou. Marisa expôs que 80% do potencial paulista de produção de biometano está no setor sucroenergético.
Fonte: EnergiaHoje
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