Os investidores em geração de energia termelétrica vão apresentar proposta ao Ministério de Minas e Energia (MME) para incluir a fonte térmica a gás natural no próximo leilão de energia nova, do tipo “A-4”, que contratará energia de novos empreendimentos para início de fornecimento daqui a quatro anos (2023). O certame está previsto para 27 de junho.
A Associação Brasileira de Geradoras Termelétricas (Abraget) aprovou ontem a proposta que será encaminhada ao MME, na consulta pública aberta pela pasta para discutir as diretrizes do leilão A-4. De acordo com as diretrizes propostas pelo ministério, o leilão deverá permitir a participação de projetos apenas das fontes hidrelétrica, eólica, solar fotovoltaica e de biomassa.
“O A-4 está deixando claro que não pode haver a participação de termelétricas [a gás natural]. É um equívoco técnico de proporções consideráveis”, afirmou ao Valor o presidente da Abraget, Xisto Vieira Filho. Segundo ele, a proposta da entidade será encaminhada ao MME na próxima semana.
De acordo com o executivo, o A-4 é um leilão de expansão de energia, de contratação de novos projetos e, por isso, deveria prever a participação de novos projetos termelétricos. Vieira Filho afirma que é possível construir termelétricas a gás natural em menos de quatro anos.
Com a abertura da consulta pública sobre o leilão A-4, a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) iniciou o prazo para o cadastro e a habilitação técnica dos empreendimentos elegíveis para o certame. O prazo para a inscrição de projetos termina no dia 5 de abril.
Fonte: Valor Econômico
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